sábado, 31 de dezembro de 2011
anjo adormecido
Dentro de mim dorme um anjo
por vezes se move no sono
e me acorda de um engano
O anjo, se estica e volta a sonhar
a cada movimento dele
um lampejo em meu olhar
um sorriso amoroso
um contentamento
Esse anjo nunca acorda
e eu o queria desperto
brincalhão, como criança nova
Queria que ele me guiasse
careço de com ele ver
ter o que é de alegre e vivo
fazer-me sereno
permanecer em paz
Ah! se esse anjo me amanhecesse.
tuluca
Nova Friburgo, 22 de novembro de 2002
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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
A esmola e o medo
Comprei por um real esta caneta, e só a comprei porque a achei baratinha...
Agora, aqui neste vagão de metrô, escrevo sobre este menino que aqui pede esmolas. Pede, mas as pessoas negam, afinal é o que diz a voz metálica pelos alto-falantes:- Não dê esmolas ou compre de ambulantes. Neguei também, mas me arrependi, olhando bem a figura deste menino de pés descalços, uma calça pequena para ele e uma malha de lã preta e desfiada. No vagão cheio os passageiros riem à toa e não o vêm. Hoje faz frio...
Existe dor e medo estampados neste semblante criança, de um olho vazado e cara suja. Ele está só, ele é só. Tem fome, frio, que só ele mesmo conhece. Não sorriu com a moeda ganha, ele tem medo e uma questão: - Porque só para mim é assim?
tuluca
São Paulo, 13 de novembro de 2006
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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
cores novas
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
o eu escuro
foi pra lá do fim do mundo que vi você
era um lugar escuro, perdido na cidade
bem abaixo dos trilhos do metrô
queria fosse só de brincar, mas não,
estava um corpo espiando o nada
era só um sonho, uma aberração
só suas palavras avulsas, migalhas
perdidas neste meu campo de letras
foi só aí que percebi não ser você
era eu escuro, perdido no que faço
tuluca
São Paulo, 12 de abril de 2011
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terça-feira, 27 de dezembro de 2011
quase
sábado, 24 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
banca da solidão
um banco e esta solidão
tão sólida e firme no que há
estou, e aqui me permito
sou como este lugar vazio
frio e beijado de luz
queria outros alaridos infantis
maiores alumbramentos
algum olhar, um sorriso
mas não, estou pleno e só
tão distante em mim...
absorto neste nem sei
tranqüilo como todo tic-tac
tuluca
São Paulo, 15 de dezembro de 2011
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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
sábado, 3 de dezembro de 2011
Jardim de Giverny
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