quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Retorno à fazenda das tantas borboletas...



Muitas tardes compridas e quentes de céu azulíssimo. Para adiante da porteira a estrada de chão batido, pela esquerda o arrozal à direita o cafezal; atrás o pasto com cheiro de bosta e grama. Aquele azul tão sem fim e as muitas horas intermináveis. Ficava eu acocorado sobre o mourão dessa porteira, olhando pro futuro que eu não via, imaginando outras horas, mais lugares. Lembro bem, que o que mais havia ali, eram as horas, infindáveis horas no céu tão azul. Na verdade, um azul de nunca mais.

Assim é que voltei. Parado no passado de muitas horas, pensando além do agora, calculando o presente.
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reeditado de novembro de 2009

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domingo, 28 de agosto de 2011

vou pra além



ai quanta saudade daquela gente miúda
dos olhos esfogueados, sorriso bem largo

ai quanta saudade de você.
ai
e bem agora, quando já vou pra lá
ou... pra muito além de te esperar




tuluca

São Paulo, 28 de agosto de 2011
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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

areias


entre o vívido e o inóspito
viajavam os dias inteiros
tudo de belo que vicejava
tinha espinhos e era áspero
da garganta nem um som
olhos secos, cabelo ao vento
mãos espalmadas em adeus
pés caminhando num só ir


tuluca

São Paulo, 8 de abril de 2011
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