sexta-feira, 27 de agosto de 2010

ferida de sol



Era uma tarde ferida de sol
haviam lembranças esparças
o vento, nem frio ainda era
horas coloridas e seus dentes
era um momento raro
e você sorria

tuluca

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Enganando o amanhecer


Queria estar acordado mais tempo, assim poderia alongar o tempo fazendo o amanhã cedo mais distante de mim, como se isso fosse um pesadelo de não se saber viver. Mas também é no extremo destes momentos que consigo produzir o belo, duma tal forma que depois de feito, nem eu sei bem como fiz. Sei que transcendo ao meu eu comum, imagino coisas improváveis.

Tenho uma saudade de você, que não consigo explicar. É uma presença sua que fica permeando todos os meus pensamentos, uma vontade de que você estivesse aqui e ao mesmo tempo não a querendo perto, para que este momento de saudade não termine.

Assim, com saudade sua, deixo aqui um beijo e vou dormir do seu lado.



tuluca

São Paulo, 13 de agosto de 2010

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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Acabo de acordar

Acabo de acordar, são 4:15 h. muito cedo mesmo. Meus horários são todos atrapalhados. Ontem foi um dia pessoal péssimo; estive sem energia para trabalhar, vendo os tempos se esgotarem, tudo girando na minha cabeça tentando recuperar o tempo perdido, um horror. Isso tudo me fez dormir cedo, jantei e fui dormir, acordei, parece que bem e logo pensei em você. Vim lhe escrever.

Penso que consegui manter o menino em mim. Algumas pessoas me dizem isso, acho isso bom. Meu Espiritus continua vivo e presente, tal e qual ao dia que cheguei por aqui. Por esse menino ainda existir às vezes sou ridículo. Acho de fazer coisas infantis em lugares que não deveria: Como sentar num balcão duma lanchonete e pedir “soivete de totoiate”; ou dançar uma música, sem um porque razoável, no meio duma oficina num dia de trabalho. Alguns me acham maluco, devo ser.

Agora no café que fui tomar, lembrei-me que, quando pessoas que gostam de você dizem “se cuida”, é sinal que estamos sendo atacados de muitos modos. Bem, você foi só a primeira desta fase atual a dizer-me: “se cuida”, outras pessoas também já disseram, parece que a coisa está braba mesmo, então... to me cuidando.

O dia ainda não tem luz e pela janela ainda o oco da noite. Há ruído de carros, a cidade já acordou e ruge.
Uauuu, Terei que fazer todas as coisas que não fiz ontem, mais as de hoje. Parece estúpido; isso de ter que fazer coisas, se se pensar bem fomos nós mesmos que nos impusemos essas tarefas, coisa burra.

Sempre vejo em filmes, pessoas que estão resolvendo as vidas, estão numa praia, numa cidadezinha, no campo e muitas pessoas com elas que também não têm que trabalhar. Ah! Eu quero viver num filme.

Alguns pássaros já cantam, a alvorada é vem.


beijo em você

PAZ


tuluca

São Paulo, 21 de agosto de 2009

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