terça-feira, 30 de março de 2010

Chapéus


Esses seus chapéus
que guardam seus felizes rostos,
é o que há de bom,
são como um delirar de doces pensamentos.



tuluca

São Paulo, 29 de março de 2010

.

.

.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Movimento sutil das Plantas


Uma planta não tem pressa e cresce a todo momento, incansavelmente e sempre.
Esse movimento, tão sutil para nós animais, acaba nos surpreendendo toda vez que nos voltamos para olha-la; pois todas as vezes, tudo está diferente.
O movimento sutil e persistente é tudo que basta.

tuluca

Nova Friburgo, 21 de julho de 2008

.

.

.

domingo, 28 de março de 2010

em



Emoções, memórias, sempre.
É... tudo é mesmo inexplicável nestas cidades.

.

.

.

sábado, 20 de março de 2010

Noite turva


Levantei-me, mas ainda dormia
escrevendo desatinos, nesta noite turva
apareci do meio de meu sono, olhando pra mim
a consciência não me levava, eu só entendia

desencontrado
surpreso desse momento tênue
absoluto no propósito de não estar e estando
querendo mais tempo ficar e já saindo do que fui

noite alta, apareci do meio de mim mesmo
revendo caminhos e ladeiras
para só depois, dormir




tuluca

São Paulo, 6 de agosto de 2009

.

.

.

domingo, 14 de março de 2010

Carta parca

Agora 3:30h

Nestes dias, tenho só trabalhado e muito.
Queria escrever-lhe alguma coisa bonita, dizer alguma coisa doce que fosse pra você e viesse de mim...


beijo d’alguém


.

sexta-feira, 12 de março de 2010

você sabe


tantas conversas por escrever
tanto sentimento sem rumo
e esta falta de tempo sem jeito
ainda ontem havia alguém
nem sei, mas devia estar, ou foi
aqui os pensamentos dançam
são pares girando, virando
amando amor amado, gasto
vou escrever pra você, eu sei
sobram voltas, não dará tempo
eu sei, sempre sei, você sabe.


tuluca

São Paulo, 12 de março de 2010

.

.

.

sábado, 6 de março de 2010

Espera

há tantos dias à espero aqui!
de quando em quando cochilo
perco o passo, ou julgo perde-lo
sonolento procuro seus sinais
um rasto qualquer, um aviso
o perfume de sua passagem
mas esta ponte continua igual
só o tempo passa por ela
e enquanto você não vem
vou-lhe contando destes dias
deste etéreo e branco lugar


tuluca
São Paulo, 6 de março de 2010

.

.

.

sexta-feira, 5 de março de 2010

O medo




De qual lugar tão escuro vem o medo?
Vem da vida, vem da sorte, d’um sorriso?
Dias tão azuis, tanta cidade e os dias
À espreita da vida segue o pensamento
meus cinco sentidos, algum lugar
claro e doce, beira de mesa, pé no chão
O medo, esse mora bem pra lá do prazer
nos porões da memória, dentro do coração


tuluca

São Paulo, 5 de março de 2010

.

.

.

quinta-feira, 4 de março de 2010

A esmola e o medo




Comprei por um real esta caneta, e só a comprei porque a achei baratinha...

Agora, aqui neste vagão de metrô, escrevo sobre este menino que aqui pede esmolas. Pede, mas as pessoas negam, afinal é o que diz a voz metálica pelos alto-falantes:- Não dê esmolas ou compre de ambulantes. Neguei também, mas me arrependi, olhando bem a figura deste menino de pés descalços, uma calça pequena para ele e uma malha de lã, preta e desfiada. No vagão cheio os passageiros riem à toa e não o vêm. Hoje faz frio...

Existe dor e medo estampados neste semblante criança, de um olho vazado e cara suja. Ele está só, ele é só. Tem fome, frio, que só ele mesmo conhece. Não sorriu com a moeda ganha, ele tem medo e uma questão: - Porque só para mim é assim?



tuluca

São Paulo, 13 de novembro de 2006


.

.

.

terça-feira, 2 de março de 2010

Olhos da Susana




muitas vozes, sons palavras
num café dois olhos sorrindo
o tempo desmanchado, desfeito
perdeu-se pela avenida Paulista
virou o breve espaço de existir
nos olhos tão brilhantes
de quem vê o outro lado


tuluca

São Paulo, 28 de fevereiro de 2010

.

.

.