sábado, 22 de janeiro de 2011

pra vc


e você se foi sem falarmo-nos
em qual escuro, será, que você se escondeu
houve o sopro de uma você
um nome escrito que depois sumiu
ele era azul, sobre o tão alvo da tela
agora, palavras dançam com a música
o estático se morfoseia em canção
este momento é breve, do depois
não sei, virá em sonho



tuluca

São Paulo, 21 de janeiro de 2011
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Estava mesmo por lhe escrever, coisas que não necessitariam ter nexo, escrevo-as agora, livremente (ou quase).
Amar se ama de muitos modos, muitas pessoas e a fatia temporal não importa muito.
Esta cidade tem muitas ruas, por onde passo apressado; vez por outra, passo parado nesse transito que não transita. Às vezes um contato humano, um medo d’algum perigo, uma bunda mais bonita passando pela calçada. Um colorido, uma saudade, o pensar num alguém qualquer.
Existe o muito que não escrevo, para todas estas amadas pessoas e que nem compartilham da mesma fatia temporal.
Meus pensamentos passeiam muito, há meu trabalho, os muitos projetos, talvez inexeqüíveis...
Sei que imagino vc. Isso é bom, penso agora, mas pode nem ser, né?
Hoje, construímos pessoas de outras medidas, mais abertas e afeitas à atemporalidade, do que foram os nossos antepassados, estamos virando pensamento.
Crio palavras, imagino sentires e questões inéditas e sei que vc também faz disso.

Já escrevi e tenho saudade, gostaria de, nem sei, qualquer coisa.

beijo

PAZ
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sábado, 15 de janeiro de 2011

estrela do ocaso


é preciso desatino pra se caminhar,
é preciso um lago pra nos conter e mirar
há que haver força e permanecer
andando como o tempo me faz
me refazendo a cada aurora
lhe buscando na estrela do ocaso


tuluca

São Paulo, 12 de janeiro de 2011
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