sábado, 12 de julho de 2014

soma do nada












fui atrás de um poema pra você
talvez por não conhecer os poetas
ou mesmo por não saber procurar
resolvi de eu mesmo lhe escrever
pensei no que um vaso pode ter...
aquele velho vaso gordo e marrom

no vaso, aquele dia de quase nada
dentro, um pouco do que não foi
uma pouca mistura de você e eu
um tanto de açúcar e seu amor
uma areia fina a barrar meu pranto
desse pouco nada, ficou uma flor
que nem era eu, nem mesmo você
ela, a soma do que quase vivemos



tuluca

São Paulo, 24 de junho de 2014
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quarta-feira, 9 de julho de 2014

O vulto oco












depois amainou e virou pedra
virou tudo que era de perder
cor de cabelo, nuvem, névoa
seu vulto oco dentro da noite
um espesso sobre-sentimento
ainda querendo amanhecer



tuluca

São Paulo, 1 de julho de 2014
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