quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Danse Macabre


no bule, o café ainda é o de ontem...

perdi-me na ausência do seu corpo
girando fugaz pela sala incendiada
naquela Danse Macabre infindável
aqui flutuava um véu vermelho
os dentes brancos, o riso largo
mais rápido
mais rápido
os pés ligeiros palmilhando o chão
mãos espalmadas, joelhos, giros
rodopios, cabelos, um meneio

adeus!

...na vitrola ainda Camille Saint-Saens
a mobília, tão atônita quanto eu



tuluca

São Paulo, 18 de outubro de 2011
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