quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

órbitas


Sol
Sol
e a terra sempre não caindo
nestas órbitas infindas
eu, procurando você
cadê você, seu porte
aquele batom e os dentes
faz calor e mais uma volta
girando pelo universo


tuluca

Nova Friburgo, 29 de dezembro de 2010
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

partida no mar

Há tantas coisas de vc que quero perguntar e saber, mas tudo isso são pensamentos de mais pensar, coisa de quem muito pensa.



Ia chegando a alvorada e já era claro, nos passos de partida os olhos fotografavam os muitos verdes da encosta, ainda sonolenta e fria.
Na rua do cais as luzes ainda acesas, a areia fina e o cheiro de marisco. Lá o barco da partida, meus passos no trapiche e o mar sereno sem onda alguma. Eu a bordo, a nave se faz ao largo, acelera sobre aquela planura aquosa e me expande. Pelo horizonte alaranjado da manhã, entrevisto através das lágrimas que o vento frio e a futura saudade já promoviam. Foi assim que me parti de lá, onde os dias eram de somente sol e sorrir.



tuluca
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domingo, 12 de dezembro de 2010

reeditado de maio de 2003

Mr Wrong

há uma música que ainda toca, Mr Wrong
presa no passado ainda soa.
esse instante assim preso
vive na memória, ele sempre está vivo
deixando vivo o instante, que preso nunca passa


tuluca

São Paulo, 13 de maio de 2003
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(Agora, sete anos além de 2003, estes dois dias de sol ainda ressoam na lembrança)
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reeditado de maio de 2003

Nem dez mil anos faz, só 52.
Tanto já passou...
volta-se no tempo no dia do aniversário.
Lembrei de quantas coisas boas já fiz.
Do quanto querido sou
e de quantas pessoas não sei mais onde estão.

parabéns para mim
vou me dar um presente hoje

São Paulo, 9 de maio de 2003
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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

reeditado de abril de 2003

acontecem coisas

algumas coisas nos são caras
pequenos carinhos que ficaram
o portão aberto, um doce na boca
passado, presente e futuro são humanos
o que nos é bom, assim como
o ruim advindo d’um bom
parece que sempre existiram
e sempre existirão
mesclam e se fundem numa coisa só
e a memória refaz o tempo
achata-os no hoje
faz o futuro igual ao passado



tuluca

São Paulo, 27 de abril de 2003
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domingo, 5 de dezembro de 2010

Depois do vazio


E foi assim depois do vazio. Cadeiras, sol e uma brisa fresca vinda do mar. Nada ficou sobre a mesa... sobre a areia inundada de luz; seus passos tão desencontrados como os sentimentos de amor e medo, que acabaram por fazer salgada a água do mar.

Nosso tudo, quase foi pleno, mas de assustado deixou os gravetos pelo chão e as janelas fechadas pro sol.



tuluca

São Paulo, 4 de dezembro de 2010
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