quarta-feira, 27 de outubro de 2010

inusitadas larguezas



Quisera eu ser de novo o outro
Quereria agora ser o doce
querendo-te livre e feliz
promovendo desatinos encantadores
mas, permaneço-me eu
azedo, seco, sem sorriso
esperando talvez
que enfim você me queira



tuluca

São Paulo,25 de outubro de 2010
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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

reeditado de março de 2003

passado novo

nada volta, sempre tudo será novo
como uma nova nota no ar.
o passado?
não sei mais dele, passou.
e tudo continua vívido
como novo e vivo estou.




tuluca

São Paulo, 18 de março de 2003
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domingo, 17 de outubro de 2010

Reeditado de março de 2003

perdido com as horas

O tempo escapa
espalha a neblina no ar
a cidade está, como sempre está.
De quando em quando erro o tempo
Eu que sempre soube os segundos,
agora erro épocas...
hoje achei que era carnaval
todos pareceram-me eufóricos
Há um mês,
achei ser a época do Natal
Erro como quem acorda de sonho
penso meu nome, qual é meu lugar?

Sei que o tempo escapa
espalha
há neblina sobre o relógio
Nem sei bem onde é o relógio
é noite, isso sei
logo a aurora
... e o galo nem cantou




tuluca

São Paulo, 14 de março de 200
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terça-feira, 12 de outubro de 2010

ainda o perfume


perdi-me de ti.
foi pouco antes do fim
e nem era verão ainda
as lágrimas vieram depois
molhando a saudade
da permanente ausência
que seu perfume deixou




tuluca

São Paulo, 12 de outubro de 2010
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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

resposta


Só para que o tempo não se esvaia, para que uma janela não se feche.

Li, gostei, pensei muitas coisas pra lhe dizer...

Ando num tempo revesso, onde meus pensamentos flutuam em contraditórios sentimentos interiores.

Escreverei logo.

beijo

PAZ

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domingo, 3 de outubro de 2010

Redundo


Constatar que o óbvio existe
É redundância
E eu redundo sempre
Pior seria enganar
Esconder o que é espelho.



tuluca

São Paulo, Sábado, 14 de Agosto de 1999
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