sábado, 31 de março de 2012

o texto

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todo texto é um momento que delira.




tuluca

Nova Friburgo, 1 de novembro de 2006
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quarta-feira, 28 de março de 2012

se você existisse


ah se eu fosse um
se eu tivesse a mim
e ainda fosse tempo
eu teria um sonho
mesmo acordado
e se você aceitasse
eu cantaria um verso
e se me abraçasse
eu não seria um tolo
trocaria a lâmpada
comprava um tapete
e apagava a luz

ah se você existisse
eu lhe daria um beijo




tuluca

São Paulo, 27 de março de 2012
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segunda-feira, 26 de março de 2012

coração insano


tenho no meu coração
encharcado do seu amor
o singular do querer bem
atemporal, tão insano
pronto para mais um dia




tuluca

São Paulo, 25 de março de 2012
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quinta-feira, 22 de março de 2012

boca

olhando pra sua boca
espero as palavras

alguma palavra




tuluca
São Paulo, 21 de março de 2012
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sábado, 17 de março de 2012

impune assombro


veio de ti este meu assombro
despido da sua pele morna
agora sabia mais de mim
dos arrepios frios que sentia

branda memória desarrumada
foi engano, só o tédio silente

hoje, etéreo, sobra seu amor
iluminando as tardes roucas
brotando nos vasos ressequidos
impune como seu corpo esguio
à se desfazer do meu





tuluca

São Paulo, 15 de março de 2012
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[A música me atravessa em meio desta noite lenta. Mais uma vez brinquei com o tempo (verbal), com o passado que ainda pode ser hoje.]
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sexta-feira, 16 de março de 2012

anúncio

faz quem sabe fazer
acordou célere e fez
foi naquela manhã
num sol minguado
tudo acontecendo
revezes de todo tipo
e lá pelo meio do dia
o delicioso anúncio
havemos pudim de pão!





tuluca

São Paulo, 16 de março de 2012
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quinta-feira, 15 de março de 2012

fruto maduro


disse o avesso do que pensei
não era pra ter sido assim...
mas foi verdadeiro e breve
sem lástima ou desatino
como fruta madura caindo
deixando aroma e sabor
pr’as futuras saudades




tuluca

São Paulo, 15 de março de 2012
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domingo, 11 de março de 2012

beijo na testa


A vida passa distraída até que achamos um alguém maravilhoso, ao menos para nossos olhos. Nesse instante os coloridos mudam e as importâncias também. Nasce um sorriso bobo para tantas coisas à-toa e toda obra da Criação, que fica mais esplendida ainda.

Agora, se num acaso do destino, esse alguém lhe chama de amigo e beija a testa. Um hiato estranho preenche o peito, começa um esvaziamento das coisas bonitas e ficam as portas do gostar trancadas sem a chave redentora.



tuluca

São Paulo, 11 de março de 2012
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