domingo, 12 de fevereiro de 2012

pra sempre

Eram muitas as palavras e os sorrisos. Aqui comigo ficaram somente as imagens, as palavras perdi-as no caminhar do tempo.
Uma pele alva, os olhos muito azuis, o cabelo anelado e curto, sorriam felizes também. Foi num súbito instante que o sorriso sumiu, a mão gira a torneira, enquanto aqueles olhos esperam a água sair pelo chuveiro. Olho-a atenta com as mãos espalmadas à espera do jato d’água, ele chega frio e faz graça aos olhos azuis, tão azuis... Foi nesse espaço da água se despencar que o tempo se eternizou e virou meu prisioneiro.
Esse átimo de viver ficou pregado nas paredes da minha memória, como fosse um só retrato, ou poema de um tempo infinito, sem principio e sem fim.





tuluca

São Paulo, 11 de fevereiro de 2012

(reescrito dum post do velho Extra Tempo - Segunda-feira, 15 Fevereiro de 2010)
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[só por saudade de um caminhar em ruas vazias num dia de muita luz]
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Um comentário:

Yan Venturin disse...

eterno. catártico. perfeito.