terça-feira, 14 de dezembro de 2010

partida no mar

Há tantas coisas de vc que quero perguntar e saber, mas tudo isso são pensamentos de mais pensar, coisa de quem muito pensa.



Ia chegando a alvorada e já era claro, nos passos de partida os olhos fotografavam os muitos verdes da encosta, ainda sonolenta e fria.
Na rua do cais as luzes ainda acesas, a areia fina e o cheiro de marisco. Lá o barco da partida, meus passos no trapiche e o mar sereno sem onda alguma. Eu a bordo, a nave se faz ao largo, acelera sobre aquela planura aquosa e me expande. Pelo horizonte alaranjado da manhã, entrevisto através das lágrimas que o vento frio e a futura saudade já promoviam. Foi assim que me parti de lá, onde os dias eram de somente sol e sorrir.



tuluca
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7 comentários:

Yan Venturin disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Yan Venturin disse...

Lindo.

A dor de voltar ou fugir, nem sempre lembrada em meio as outras, embora tão, ou mais, intensa que estas. Talvez passageira, talvez eterna. Mas sempre acompanhada de lembranças sorridentes.

Abraço e parabéns.

Anônimo disse...

todo barco singra, além das águas, o coração. Bjos Tuluca!

;o)

Johann disse...

Lindo, beleza.É como se as palavras só.

margarida disse...

ainda e sempre por aqui, acompanhando seus pensamentos livres...
com carinho, te beijo.

margarida disse...

hoje, Natal, pensei em te deixar esse presente:

"Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós".

[Manoel de Barros]

isso explica tudo, não é?
com carinho, te beijo.

Catiaho Reflexod'Alma disse...

O texto é todo belo,
assim todo carregado de uma nostalgia...tipo
frio de manhãzinha...cachecol no pescoço...
sabe?
Assm:
"Foi assim que me parti de lá, onde os dias eram de somente sol e sorrir."

Bjins entre sonhos e delírios