sábado, 14 de janeiro de 2017

purpúrea












preciso beber mais vinho...
é lá que o seu olhar se esconde
entre gotas do existir e sombras
uma mancha púrpura espalhada
no todo que existe em branco
acima do que é dor e espanto
principiando sempre no depois
oculto como quem ainda não é



tuluca

São Paulo, 14 de janeiro de 2017
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2 comentários:

Anônimo disse...

Por tantas vezes me peguei olhando, completamente imersa, para o vinho dentro de uma taça.
Neste lindo poema você traduz o que vai por dentro deste mergulho.

Elpidio disse...

É, há muito dentro da cor d'uma taça de vinho.