sábado, 13 de novembro de 2010

vazio azul


se ao menos você não fosse importante...
os dias passariam
seus sinais, já difusos
sumiriam na cidade
perdidos nas calçadas
esquecidos nos cafés
daí, poemas como nuvens
tão brancas, tão leves
passariam vagarosos
preenchendo o vazio azul
em que você me deixou



tuluca

São Paulo, 12 de novembro de 2010

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2 comentários:

margarida disse...

Citando Clarice Lispector, "a doçura é tanta que faz insuportável cócega na alma".

Minhas palavras: a sua doçura é tanta que às vezes assusta.

Amar e ser amado devia ser uma coisa fluida, mas às vezes parece complicado saborear essa graça...

Quero te escrever uma longa carta. Quem sabe até te contar das vezes que senti esse vazio... mas às vezes a gente nem precisa de palvaras.

Beijo e carinho,

Catiaho Reflexod'Alma disse...

É bom ler seus textos no meio da calmaria agora.
Quando os li, a todos, estava em alto mar,
as ondas eram assustadoras e foi balsamico ler.
Agora que tudo serena
é suave como descansar á sombra farta e perto de uma agua que refresca os pés
bem no meio de um dia de sol intenso...
Bjins entre sonhos e delírios