quinta-feira, 28 de abril de 2016
sorte esconjurada
em algum lugar entre eu e ninguém
estava um campo largo e sereno
onde o silêncio era o começo e fim
lugar de coisa nenhuma acontecer
com muitos cheiros de mato e terra
de esperas sem fim e vão tormento
espremi de mim algum pensamento
nesta sorte esconjurada e malfazeja
voltei pra mim, arremessei-me além
fui bem pra lá daqui e nada achei
agora que já sei, pertenço a mim
tuluca
São Paulo, 27 de abril de 2016
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quarta-feira, 13 de abril de 2016
alucinação
aqui, delírio e alucinação
queria escrever a história
contar como se fosse hoje
das muitas palavras sujas
que nos dissemos abraçados
sobre tudo que não pensei
quando o tempo acabou
e as brasas se apagaram
no galope desta paixão
tulica
São Paulo, 12 de abril de 2016
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sexta-feira, 1 de abril de 2016
pra onde
meu nome é rio
é vento vendaval
vou não sei onde
estive ali parado
fui o que não é
agora lhe quero
tuluca
São Paulo 26 de março de 2016
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[ Neste tempo de não sei, onde incríveis caminhos se afiguram, estou buscando outras primaveras. Enquanto não chego lá, fiço esta postagem pra atender uma leitora.]
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