sexta-feira, 31 de maio de 2013
distraída
encontrei-a assim distraída
sem me procurar, sem atinar
os mesmos olhos sorridentes
depois para além do amanhã
tantas descobertas ruidosas
neste cheiro de brisa morna
tuluca
São Paulo, 30 de maio de 2013
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quarta-feira, 29 de maio de 2013
dia surdo
hoje queria chorar
estar mais comigo
mas sai, fui trabalhar
nem sei mais de mim
despenco pela vida
assim em silêncio
pelo surdo deste dia
tuluca
São Paulo, 28 de maio de 2013
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quinta-feira, 23 de maio de 2013
presa na reboleira
foi na reboleira que seu cabelo enroscou
já era tarde e silenciosa chegava a noite
segurando seus pensamentos no vazio
as mãos na cabeça e nenhuma palavra
nos olhos o brilho de ainda quero mais
tuluca
São Paulo, 22 de maio de 2013
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já era tarde e silenciosa chegava a noite
segurando seus pensamentos no vazio
as mãos na cabeça e nenhuma palavra
nos olhos o brilho de ainda quero mais
tuluca
São Paulo, 22 de maio de 2013
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domingo, 19 de maio de 2013
A cidade
Venha se arremessar na vida
Venha, vamos correr por todos os espaços
Saber, que sabedoria é bom.
Venha ver a cidade que aqui há luz
Saber as ruas, viver o lixo monumental
Rir de toda fome alheia
Desvairar com os prédios lindos,
é só olhar para cima
Tudo tão lindo, tantas luzes verdes
No automóvel por avenidas,
passear sobre papeis e sujeira humana
Tanta dor e tantos gritos
Os loucos e seu silêncio,
as buzinas, os motores
Ah! Quantas luzes...
Venha ver a cidade!
Ah! Que bom, quanta miséria que não é a nossa
Ôh cidade linda!
tuluca
São Paulo, 27 de setembro de 1997
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terça-feira, 14 de maio de 2013
Maní
Maní foi ver o mundo
ela disse que ia e foi
quanta coragem nos pés
era o tênis cor de rosa
Maní levou o seu violão
hoje não tem pipoca,
nem pão frito, ou confidência
Maní, Maní
cadê sua sombra no muro
aquele riso zombeteiro
e o colorido de seu cabelo?
Maní dos dentes brancos
dos livros e dedos finos
distante se esquece daqui
Maní, Maní
quanta saudade de você
tuluca
São Paulo, 13 de maio 2013
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sexta-feira, 3 de maio de 2013
Nelma Rejane
-Rejane vc está mesmo muito bonita, além da alegria colorida de seu vestido rodado.
-Tuluca, amei teu comentario poetico!
Quem são os nossos mortos?
São aqueles que estarão vivos em nossa lembrança, aqueles que ao partir levaram um pouco de nós e deixaram uma parte de si; são aqueles que docemente encantaram dias e foram como alvorada nos instantes juntos.
[a Rejane partiu]
tuluca
São Paulo, 3 de maio de 2013
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