domingo, 17 de outubro de 2010

Reeditado de março de 2003

perdido com as horas

O tempo escapa
espalha a neblina no ar
a cidade está, como sempre está.
De quando em quando erro o tempo
Eu que sempre soube os segundos,
agora erro épocas...
hoje achei que era carnaval
todos pareceram-me eufóricos
Há um mês,
achei ser a época do Natal
Erro como quem acorda de sonho
penso meu nome, qual é meu lugar?

Sei que o tempo escapa
espalha
há neblina sobre o relógio
Nem sei bem onde é o relógio
é noite, isso sei
logo a aurora
... e o galo nem cantou




tuluca

São Paulo, 14 de março de 200
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Um comentário:

Paz Marta disse...

errar o tempo. Mas quem não erra é porque não percebe as nuances do tempo fora de seu tempo.