quinta-feira, 13 de maio de 2010
menino a caminhar
na vida tantos ventos.
as arvores tão altas.
eu e o menino caminhando
ele e eu a conversar.
tanto caminho de marcha
tanto pé de pau e bicho
tudo pra ver e por a mão.
a vida a viver.
muito descaminho e pedra
o vento a ventar.
de tudo se ria o menino
sua voz comigo ia
ele sempre a explicar.
o vento, muito ventando
em muitos caminhos, tantos.
vento levou o menino
que n’algum caminho está,
menino que me tem
sorrindo a me esperar.
tuluca
São Paulo, 5 de setembro de 2003
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quinta-feira, 6 de maio de 2010
Flutuação
o movimento é só uma flutuação
às vezes o coração explode
neste curto espaço que separa
o aqui, dum indisposto febril
neste andar quase sumido
a canção se esquece
sobre o pó do passado
tuluca
São Paulo, 6 de maio de 2010
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domingo, 2 de maio de 2010
Aqui cabe mais
A tarde era linda naquele sábado dourado. Contente seguia pra mais conversas na avenida, entrei no metrô fiz a baldeação, entrei noutra composição, me sentei. O trem era novinho, cores agradáveis e vazio. Notei que eram poucos os bancos e muitos os lugares para quem viaja em pé segurar-se. Quer dizer: agora um vagão de metrõ leva muito mais gente por viagem.
Assim também, pintando maior número de faixas no chão das ruas e proibindo estacionar, aumenta o tráfego de veículos na cidade.
Cidade, tão gigante, tão cheia de gentes sem tempo. Tantos coloridos e ruídos à esbravejar da pressa desses desencontrados encontros, tão sem tempo.
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